A Polícia Federal marcou o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos envolvidos no escândalo das joias da Arábia Saudita para quarta-feira (5), em Brasília, presencialmente. Além do ex-chefe do Planalto, outros alvos do inquérito, como seu ex-ajudante de ordens, o coronel Mauro Cid, e o coronel Marcelo da Costa Câmara, também devem prestar esclarecimentos na mesma hora e local do ex-presidente.
Segundo as investigações, Bolsonaro ganhou três conjuntos de joias avaliados em mais de R$ 16,5 milhões, que foram repassados ao então chefe do Planalto a título de presentes de Estado pelo regime Saudita. Um dos conjuntos, porém, foi apreendido pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos. O presente estava com um integrante da comitiva de viagem, o ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O delegado à frente do caso afirmou no inquérito que “não serão juntados nos autos os termos [dos depoimentos] até a efetiva realização de todas as oitivas dos envolvidos”. Ele acrescentou que “isso possibilitará que as pessoas não sejam procuradas antecipadamente pela mídia ou mesmo outros envolvidos, como também garante a isonomia entre os investigados de não serem ouvidos antes ou depois dos outros e saberem a sua versão dos fatos”.
Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que o depoimento em Brasília “será uma oportunidade para ele [Bolsonaro] prestar todas as informações necessárias. É um ato processual corriqueiro, ocasião em que ele esclarecerá que agiu sempre de acordo com a legislação que regula a oferta de presentes de governos estrangeiros”.
Fonte: paraiba.com